Sociedade de Conhecimento

Sociedade de Conhecimento

Sociedade da Informação

Um dos primeiros a desenvolver o conceito de sociedade da informação foi o economista Fritz Machlup. Em 1933, Machlup começou estudando o efeito das patentes na pesquisa. Seu trabalho culminou no importante estudo "The production and distribution of knowledge in the United States" em 1962. Este livro foi amplamente considerado e foi traduzido para o russo e japonês.
O problema da tecnologia e seu papel na sociedade contemporânea tem sido discutido na literatura científica usando uma série de rótulos e conceitos.

Ideias de um conhecimento ou informação econômica, sociedade pós-industrial, sociedade pós-moderna, revolução da informação, capitalismo da informação tem sido debatidas nas últimas décadas.
Sociedade da Informação é um termo - também chamado de Sociedade do Conhecimento ou Nova Economia - que surgiu no fim do Século XX, com origem no termo Globalização. Este tipo de sociedade encontra-se em processo de formação e expansão.
A sociedade não é um elemento estático, muito pelo contrário, está em constante mutação e como tal, a sociedade contemporânea está inserida num processo de mudanças em que as novas tecnologias são as principais responsáveis.

Alguns autores identificam um novo paradigma de sociedade que se baseia num bem precioso, a informação, atribuindo-lhe várias designações, entre elas a Sociedade da Informação.
Este novo modelo de organização das sociedades assenta num modo de desenvolvimento social e econômico onde a informação, como meio de criação de conhecimento, desempenha um papel fundamental na produção de riqueza e na contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos.
Condição para a Sociedade da Informação avançar é a possibilidade de todos poderem aceder às Tecnologias de Informação e Comunicação, presentes no nosso cotidiano que constituem instrumentos indispensáveis às comunicações pessoais, de trabalho e de lazer.

Sociedade do conhecimento

A noção de “sociedade do conhecimento” (knowledge society) surgiu no final da década de 90. É empregada, particularmente, nos meios acadêmicos como alternativa que alguns preferem à “sociedade da informação”.
A UNESCO, em particular, adoptou o termo “sociedade do conhecimento” ou sua variante “sociedades do saber” dentro de suas políticas institucionais. Desenvolveu uma reflexão em torno do assunto que busca incorporar uma concepção mais integral, não ligada apenas à dimensão económica. Por exemplo, Abdul Waheed Khan (subdiretor-geral da UNESCO para Comunicação e Informação), escreve “A Sociedade da Informação é a pedra angular das sociedades do conhecimento. O conceito de “sociedade da informação”, a meu ver, está relacionado à idéia da “inovação tecnológica”, enquanto o conceito de “sociedades do conhecimento” inclui uma dimensão de transformação social, cultural, económica, política e institucional, assim como uma perspectiva mais pluralista e de desenvolvimento. O conceito de “sociedades do conhecimento” é preferível ao da “sociedade da informação” já que expressa melhor a complexidade e o dinamismo das mudanças que estão ocorrendo. (...) o conhecimento em questão não só é importante para o crescimento económico, mas também para fortalecer e desenvolver todos os sectores da sociedade”.
At: http://vecam.org/article519.html

Da Sociedade da Informação à Sociedade do Conhecimento

Do ponto de vista de sua possível aplicação no campo da educação, o crescimento rápido das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) tem produzido uma revolução na forma, volume e velocidade de transmissão e distribuição da informação. Tais mudanças afectam inevitavelmente a educação. Ao descrever a sociedade da informação devemos ter em conta os seguintes conceitos:

Descentralização. Acesso a informações desde qualquer lugar, em qualquer momento e de uma forma quase que imediata. Os cidadãos vão dispondo-se de mais opções de conexão cada vez mais variadas e de forma mais omnipresentes, como: estabelecimentos especificamente relacionados com instalações de lazer, intercomunicação, centros de formação, centros de emprego e em própria casa. Em geral, desde sistemas cada vez mais personalizados e móveis.

Globalização. Resultado de profundas mudanças económicas e culturais, que estão transformando o modelo social; a globalização destaca a necessidade de debate público não descurando das suas consequências positivas e negativas.

Digitalização. Digitalização mudou o suporte básico da informação, conhecimento e compreensão e está mudar ainda os nossos relacionamentos e hábitos de comunicação e, finalmente, a nossa forma de pensar.

Contexto e da situação
No contexto da sociedade da informação, podemos considerar uma nova concepção do cidadão, que traz novos usuários, alunos, participantes de um processo de ensino-aprendizagem, onde a ênfase passa de ensino para a aprendizagem. Isto requer acções educativas relacionadas com o uso, selecção, utilização e organização de informações de forma que o aluno se forme tomando uma atitude de um cidadão maduro da sociedade da Informação, preparando-se para uma nova forma de saber, para uma autonomia que significa aprender e dominar as TIC.

Talvez a situação actual pode ser explicada pela facilidade de acesso a informações e pela organização hipertextos de documentos acessíveis que oferecem a informação disponíveis na Web, como se de materiais multimédia globais se tratasse.
Essas mudanças não podem ser entendidas sem referência à Internet que constitui a rede de computadores com características como público caótico, não-hierárquica e globalizada.
O fundamental é o acesso à informação remota e a intercomunicação, o intercâmbio de informações rápida e em condições mais favoráveis para todos os interessados.

A relação entre informação e conhecimento

A informação é essencial para a construção do conhecimento mas a possessão de informações, não pressupõe conhecimento. Uma das características relevantes é que ela não se esgota com o uso e pode ser utilizada simultânea ou sucessivamente por várias pessoas.
O conhecimento constrói-se com informação, o que supõe apreender a informação, processá-la, relacioná-la e dando-a sentido para uma aplicação objectiva ou subjectiva e resolver problemas emergentes e situações.
As TIC modificam a elaboração, aquisição e transmissão dos conhecimentos, mas sem colocar de parte a importância e transcendência deste facto.

Embora a circulação do conhecimento humano não pode ser reduzida a um tópico de pesquisa e recuperação ("destacar" o conhecimento de um conhecedor e retransmiti-lo ao outro), mas implica necessariamente a aplicação de alguma forma de gestão desse conhecimento.
Esta gestão do conhecimento tornou-se um desafio central para a aquisição do mesmo, para uma aprendizagem definitiva. A dificuldade tende a ser prejudicada pelas redefinições de info entusiastas, definindo o núcleo do problema em termos informações para então fornecer soluções no campo da tecnologia da informação.
Assim, a recuperação parece tão fácil quanto pesquisar, e esta é muitas vezes a primeira falácia a ser desvendada.
As redes, Internet e TIC trocam e armazenam dados, mas é preciso saber transformá-los em informação e esta em conhecimento.
Daí a importância do acesso à informação na sociedade da informação  e de
Conhecimentos.

Referencias:
http://vecam.org/article519.html
http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a09v29n2.pdf

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